DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/02
PALAVRAS CHAVE: Enfermeiros, Gênero, Perspectiva de Gênero.
KEYWORDS: Enfermeiros, Gênero, Perspectiva de Gênero.
ABSTRACT: INTRODUÇÃO: A história da Enfermagem revela um estigma de gênero marcante, com prevalência feminina. Este estudo busca compreender as origens profundas desse estigma, questionando sua persistência ao longo do tempo. O foco central é a análise da inserção masculina, desafiando a tradição, os estereótipos e destacando nuances das transformações na profissão. A abordagem crítica visa contribuir para uma visão esclarecedora do problema, destacando sua relevância na compreensão das dinâmicas de gênero na Enfermagem. OBJETIVO: Analisar a evolução do papel masculino na Enfermagem. MÉTODOS: Realizou-se uma revisão narrativa da literatura sobre fatos históricos. Foram utilizados trabalhos obtidos a partir da busca com os descritores “Enfermeiros, Gênero, Perspectiva de Gênero”, em bases renomadas: PubMed, Scopus e ScienceDirect, com foco em artigos publicados nos últimos cinco anos. A amostra final de 15 artigos foi criteriosamente selecionada para uma análise abrangente sobre a inserção masculina e eventos históricos que moldaram o estigma de gênero na Enfermagem. RESULTADOS: A identidade profissional na Enfermagem, historicamente enraizada, passou por inúmeras transformações. Profissões associadas a prestígio masculino eram contrastadas com a estigmatização das ligadas aos ofícios historicamente atribuídos à mulher, como o cuidado, por exemplo, consequentemente, a Enfermagem. Um dos motivos principais, ligado a visão da mulher como figura materna, frágil, subserviente, produtos de uma sociedade estruturalmente machista, misógina e patriarcal. Contudo, resultados indicam uma mudança em curso. A presença crescente de homens desafia estereótipos, apesar de encontrar questionamentos infundados relativos à sexualidade do profissional, contribuindo para uma identidade mais inclusiva e equitativa na Enfermagem, propondo assistência ao público masculino, rompendo com percepções tradicionalistas e aceitando a diversidade de gênero. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo desempenhou papel crucial no entendimento da colaboração masculina na Enfermagem. Ao longo das décadas, observamos um aumento significativo na presença masculina, desafiando estereótipos e promovendo uma perspectiva mais inclusiva e diversificada. A figura masculina na Enfermagem quebra o paradigma de força física e ressignifica o imagético social de masculinidade nos serviços de saúde, já que o ato de cuidar também é uma virtude do homem, independentemente de sua sexualidade, uma vez que a figura da Enfermagem sempre remete à imagem da mulher no imaginário social. A inclusão masculina na profissão traz consigo um novo viés, quebrando a barreira que é imposta ao homem de alguém desarranjado, tímido e sem expertise para exercer a profissão, notadamente em áreas específicas como obstetrícia, pediatria ou neonatologia. Para além dos questionamentos relativos à competência, adaptação a setores preferivelmente atribuídos à figura feminina, pode-se elencar o uso de atribuições físicas para atividades que demandam uso da força e dimensionamento para atividades consideradas como pesadas e que exigem maior resistência corporal. Essa evolução reflete não apenas mudanças na dinâmica de gênero na Enfermagem, mas também indica um passo importante em direção a uma prática profissional mais diversificada e igualitária.
Douglas Rodrigues Silva
Hildamar Nepomuceno da Silva
Ilana Maria Brasil do Espírito Santo
Luciane Resende da Silva Leonel
Wendell Emanoel Marques de Oliveira
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