ENTENDENDO O PROTOCOLO SPIKES: UMA INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/10

PALAVRAS CHAVE: Protocolo Clínico, Empatia, Cuidado.

KEYWORDS: Protocolo Clínico, Empatia, Cuidado.

ABSTRACT: INTRODUÇÃO: A comunicação delicada de más notícias é um desafio, principalmente em pacientes com câncer. O Protocolo SPIKES emerge como ferramenta crucial para orientar profissionais de saúde em situações sensíveis, como diagnóstico e tratamento paliativo. Protocolo dividido em 06 etapas que ajudará a compartilhar informações sensíveis. Compreendê-lo vai além de seguir etapas; requer uma abordagem humanizada e empática para promover uma comunicação eficaz. O conhecimento deste protocolo é vital para assegurar que informações sejam transmitidas de maneira clara e respeitosa, contribuindo para o bem-estar dos pacientes. Embora inicialmente concebido para oncologia, seus princípios são aplicáveis em diversas áreas da prática multiprofissional, onde a comunicação sensível é fundamental. OBJETIVO: Investigar o conhecimento e a aplicabilidade do Protocolo SPIKES entre os profissionais de saúde, visando avaliar sua compreensão, uso e eficácia na comunicação de más notícias em diferentes contextos clínicos. MÉTODOS: No desenvolvimento de nosso trabalho, foram realizadas entrevistas abertas com os profissionais da Enfermagem, Medicina e Fisioterapia. Essas entrevistas foram conduzidas de forma estruturada para coletar relatos de experiência sobre o conhecimento e a aplicabilidade do Protocolo SPIKES. As entrevistas ocorreram no período de novembro de 2023 a janeiro de 2024, permitindo uma análise abrangente da percepção dos profissionais sobre o protocolo e sua efetividade na prática clínica. RESULTADOS: Os resultados revelaram que a maioria dos profissionais entrevistados percebeu o Protocolo SPIKES de forma positiva, considerando-o um guia útil para transmitir más notícias. No entanto, alguns expressaram preocupação quanto à possível restrição da liberdade do médico durante esse processo. Isso ressalta a importância de enfatizar, durante o ensino, a adaptação do protocolo a cada situação. Os passos do protocolo foram geralmente considerados didáticos, com a maioria dos alunos demonstrando domínio sobre o assunto. O método foi reconhecido como completo e extremamente útil, abordando os pontos-chave para a transmissão de más notícias com o mínimo de efeitos adversos. Sugere-se a utilização de dramatizações e situações-problema para aprimorar a compreensão e aplicação do protocolo na prática clínica. CONCLUSÃO: A transmissão de informação aos familiares bem como aos pacientes sobre uma “má notícia” não é uma tarefa fácil, principalmente quando envolve assuntos relacionados à saúde. Receber uma má notícia pode afetar a espiritualidade, o emocional, o domínio cógnito e as relações familiares. O contrário pode acontecer. Dar uma má notícia pode afetar o profissional de forma negativa. O protocolo SPIKES foi elaborado com o objetivo de treinar os profissionais de saúde, tanto estudantes como profissionais em uma melhor abordagem aos envolvidos. Irá ajudá-los a evitar cair em armadilhas comportamentais, como sentir-se responsável por manter a esperança do paciente ou acreditar que a cura é o seu objetivo para todos os pacientes. É uma tarefa complexa que exige preparo do profissional. Uma má notícia envolve entender o paciente, manifestar compaixão e ser acessível.

Autor

  • Douglas Rodrigues Silva

  • Emilia Vieira de Holanda Lira

  • Ilana Maria Brasil do Espírito Santo

  • Mateus Sena Lira

  • Nayara Jose Anchieta Scrivener

  • Tiago de Campos Mendes

  • Wendell Emanoel Marques de Oliveira

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