DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/17
PALAVRAS CHAVE: Eventos Adversos, Cateter Venoso Periférico, Biossegurança.
KEYWORDS: Eventos Adversos, Cateter Venoso Periférico, Biossegurança.
ABSTRACT: INTRODUÇÃO: O cateterismo venoso periférico é uma das atividades mais frequentes aplicadas pela enfermagem para administração de medicamentos injetáveis, para fins terapêuticos e/ou de diagnósticos. A incidência de eventos adversos específicos relacionados ao cateterismo venoso periférico comumente conhecido pela sigla CVP tem sido relatada, entretanto o risco global relacionado à inserção desse dispositivo é pouco estimado. Torna-se crucial uma análise mais objetiva acerca do uso do CVP visto que o uso de tais dispositivos desempenha um papel crucial na monitorização hemodinâmica, na administração de medicamentos e fluidos, na facilitação de procedimentos diagnósticos e terapêuticos em pacientes internados. OBJETIVO: Identificar falhas no processo de inserção do CVP, ocorrência de eventos adversos e a associação com o manejo dos cateteres venosos periféricos em pacientes hospitalizados conforme recomenda evidências científicas. MÉTODOS: Realizou-se uma Scoping Review para investigação qualitativa do tema. A pesquisa foi conduzida no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “Cateter Venoso Periférico” “Biossegurança” e “Eventos Adversos”, com levantamento de publicações realizado em abril de 2024. Foram estabelecidos critérios de inclusão, selecionando textos completos em português publicados nos últimos 05 anos. Foram escolhidos 10 artigos relevantes para atender aos objetivos propostos. RESULTADOS: Observou-se que o surgimento de complicações na terapia intravenosa remete à infecção local no sítio de punção, obstrução, extravasamento e tromboflebite. Ao analisar os fatores de riscos associados ao cateterismo vesical periférico, podem ser elencados dentre as variáveis clínicas como escolha adequada do calibre dos dispositivos utilizados, métodos de biossegurança na punção, manejo adequado por parte do profissional de enfermagem, tempo de internação, autocuidado do paciente com o CVP. Em contexto clínico hospitalar, foram observados desvios das boas práticas para a prevenção de infecção associada ao CVP, especificamente no âmbito da higienização das mãos, desinfecção dos obturadores, vigilância do local de punção, substituição dos sistemas de fluidoterapia em situação de re-puncionamento, comunicação com os doentes de consciência comprometida e registros. CONCLUSÃO: A equipe de enfermagem é uma das principais responsáveis pela atribuição da prática da punção do cateter venoso periférico, administração da terapia infusional, compreendendo os cuidados pertinentes à prática de inserção e manutenção dos acessos venosos periféricos, tendo papel no processo de prevenção e mitigação da ocorrência de incidentes e erros provenientes dessa assistência. Profissionais de enfermagem, diante do uso recorrente desta atividade, com o passar do tempo, têm perdido a utilização de boas práticas, sobretudo em casos de emergências clínicas como paradas cardiorrespiratórias, convulsões e demais complicações dos pacientes hospitalizados. Tornam-se necessárias reuniões de alinhamento, reciclagem do conhecimento de punção e manejo dos cateteres, avaliação criteriosa dos dispositivos inseridos, observação da validade do CVP, relatórios sobre incidência de eventos adversos e o repasse das devidas orientações de autocuidado aos pacientes. Indica-se treinamento para inserção, manutenção e retirada dos cateteres, visando o sucesso na primeira tentativa e minimização dos fatores de risco associado às complicações; registro adequado das complicações decorrentes do cateterismo venoso periférico. Estas atitudes maximizarão a sobrevivência dos cateteres inseridos e diminuirão as consequências dos efeitos adversos para o paciente.
Bianca Ramalho dos Santos Silva
Douglas Rodrigues Silva
Ilana Maria Brasil do Espírito Santo
Mila Garcia de Mello Souza Oliveira
Nayara Jose Anchieta Scrivener
Tiago De Campos Mendes
Wendell Emanoel Marques de Oliveira
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