DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/18
PALAVRAS CHAVE: Fatores de Risco, Infecção Puerperal, Humanização da Assistência.
KEYWORDS: Fatores de Risco, Infecção Puerperal, Humanização da Assistência.
ABSTRACT: INTRODUÇÃO: A infecção puerperal, uma complicação grave do período pós-parto, continua a ser uma preocupação significativa em obstetrícia. A assistência humanizada durante o parto e pós-parto desempenha um papel crucial na prevenção dessas infecções, garantindo a saúde e o bem-estar da mãe e do recém-nascido. Compreender os fatores de risco e as estratégias de prevenção é fundamental para melhorar os resultados materno-infantis e promover uma assistência de qualidade. OBJETIVO: Analisar os fatores de risco associados à infecção puerperal e identificar estratégias eficazes de prevenção, com foco na prestação de uma assistência humanizada. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa que surgiu da seguinte inquietação: “Quais os fatores de risco associados à infecção puerperal e principais estratégias eficazes de prevenção deste agravo?”. Para sua realização foram utilizados artigos encontrados em fontes informacionais, como Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS) via BVS, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Scholar. Para as buscas, empregaram-se os seguintes descritores separados pelo operador booleano AND: “Risk Factors”, “Humanization of Assistance” e “Puerperal Infection”. Inicialmente, foram encontrados 1.348 registros. Destes, 13 respondiam à pergunta de revisão e compuseram a amostra final. RESULTADOS: Diversos fatores de risco foram identificados como predisponentes à infecção puerperal, incluindo parto cesáreo, ruptura prolongada das membranas, corioamnionite, episiotomia e inserção de dispositivos intravaginais. Além disso, a imunossupressão, diabetes mellitus gestacional e obesidade foram associadas a um maior risco de infecção. A adoção de medidas preventivas durante o período intraparto e pós-parto é fundamental para reduzir a incidência de infecções puerperais. A higienização adequada das mãos, o uso racional de antibióticos profiláticos, a manutenção da integridade da pele e mucosas, além da promoção do aleitamento materno exclusivo, são estratégias eficazes na prevenção de infecções. A assistência humanizada desempenha um papel crucial na prevenção da infecção puerperal, pois envolve o cuidado centrado na mulher, respeitando sua autonomia, dignidade e direitos. O estabelecimento de uma comunicação empática entre os profissionais de saúde e as gestantes, o acolhimento durante o trabalho de parto e a oferta de suporte emocional são aspectos fundamentais para promover um ambiente seguro e propício à prevenção de infecções. CONCLUSÃO: A compreensão dos fatores de risco e a implementação de medidas preventivas adequadas são essenciais para reduzir a incidência de infecção puerperal e melhorar os desfechos materno-infantis. A assistência humanizada desempenha um papel central nesse processo, garantindo não apenas a segurança física, mas também o bem-estar emocional e psicológico das mulheres durante o período perinatal. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam capacitados para oferecer uma assistência sensível e centrada na mulher, promovendo uma cultura de segurança e respeito aos direitos reprodutivos e de saúde das gestantes. Investimentos em educação continuada, desenvolvimento de protocolos de prevenção e promoção de práticas baseadas em evidências são fundamentais para garantir uma assistência humanizada e de qualidade no contexto da infecção puerperal.
Bruno César Fernandes
Eliane Bergo de Oliveira de Andrade
Ilana Maria Brasil do Espirito Santo
Jonatan de Moura Bacelar
Juliana Custodio Lopes
Nadja Vanessa Dias de Oliveira
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