FATORES-CHAVE NA TRANSFUSÃO CONSCIENTE: UMA REVISÃO NARRATIVA

DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/19

PALAVRAS CHAVE: Terapia Transfusional, Hemoglobina, Relações Benefício.

KEYWORDS: Terapia Transfusional, Hemoglobina, Relações Benefício.

ABSTRACT: INTRODUÇÃO: Com o avanço das práticas cirúrgicas e melhorias na anestesia, a demanda por hemoderivados aumenta significativamente, destacando a importância da pesquisa " Fatores-Chave na Transfusão Consciente”. Aprofundando a análise de sinais clínicos, laboratoriais e de monitoramento, a pesquisa busca antecipar a necessidade de hemotransfusão, promovendo decisões clínicas otimizadas e melhorando a qualidade da terapia transfusional. OBJETIVO: Analisar, na literatura, os sinais clínicos, laboratoriais e de monitoração que devem orientar o início da hemotransfusão, visando evitar riscos, minimizar o uso desnecessário de recursos e prevenir a demora na terapia, evitando hipóxia tecidual e suas consequências. MÉTODOS: Realizou-se uma revisão narrativa. A busca foi realizada no mês de abril de 2024 nas bases de dados: Medical Literature Analysis andRetrieval System Online (MEDLINE) via PubMed; Web Of Science (WOS); Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados descritores controlados selecionados por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSHTerms), para o cruzamento foram utilizados os operadores booleanos AND, sendo: Transfusão de Sangue, Hemoglobinas, Reação Transfusional, Hemoderivados. Foram utilizadas como critérios de inclusão as publicações disponíveis gratuitamente. Excluíram-se artigos, pré-prints, artigos de revisão, carta ao editor e abordagens não pertinentes ao tema. Na busca inicial identificou-se 63 estudos. Depois de aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 8 estudos foram incluídos para síntese. RESULTADOS: Os resultados revelam a ausência de critérios clínicos definidos para determinar o momento ideal para iniciar a terapia transfusional. Valores arbitrários mostram-se inadequados para guiar a indicação de hemoterapia, enfatizando a necessidade de avaliação individual de cada paciente. Estratégias personalizadas para prevenir sangramentos e repor componentes sanguíneos são essenciais, desencorajando a indicação da terapia com hemoglobina acima de 10 mg/dL, a menos em situações excepcionais. A associação de indicativos clínicos e laboratoriais, especialmente relacionados à disoxia tecidual, parece ser uma abordagem eficaz, correlacionada geralmente a níveis de hemoglobina de 6 mg/dL. Para valores intermediários, a avaliação individual permanece a opção mais prudente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A incerteza nos critérios clínicos para a terapia transfusional destaca a relevância deste estudo ao otimizar as relações risco/custo/benefício, enfatizando a importância de reavaliar práticas transfusionais. A constatação de que a oferta de oxigênio se mantém consistente entre 6 e 10 g/dL de hemoglobina, devido à redução da viscosidade sanguínea, reforça a importância de reconsiderar abordagens. Recomendar o gatilho da transfusão a partir de 6-7 g/dL indica uma potencial mudança nas diretrizes, sublinhando a necessidade de abordagens personalizadas. Hemácias não devem ser administradas com hemoglobina acima de 10 g/dL, salvo circunstâncias especiais, implicando em implicações clínicas significativas para uma prática transfusional mais precisa e segura. Em suma, este estudo destaca a necessidade premente de uma abordagem mais personalizada e criteriosa na terapia transfusional, baseada em evidências sólidas e adaptada às necessidades individuais de cada paciente. Essa reflexão sobre os critérios de transfusão oferece uma base para revisões nas diretrizes clínicas, visando garantir uma prática mais segura, eficaz e centrada no paciente.

Autor

  • Gloria Frazão Vasconcelos

  • Ilana Maria Brasil do Espirito Santo

  • Jonatan de Moura Bacelar

  • Juliana Oliveira De Sousa

  • Mila Garcia de Mello Souza Oliveira

  • Renata Natoeli dos Santos Barros

  • Sandra Valéria Nunes Barbosa

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