PAREDE DE COPOS: RECURSO TERAPÊUTICO PARA TRATAMENTO E RECREAÇÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/22

PALAVRAS CHAVE: Sindrome de Down, Fisioterapia, Reciclagem.

KEYWORDS: Sindrome de Down, Fisioterapia, Reciclagem.

ABSTRACT: INTRODUÇÃO: Crianças com Síndrome de Down, por desordens genéticas, apresentam 47 cromossomos em suas células em vez de 46, o que pode acarretar déficit no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, com possível lentidão na aquisição das atividades motoras básicas, tais como, sentar, engatinhar e deambular. O tratamento requer atenção de uma equipe interdisciplinar, na qual ressalta-se o papel da fisioterapia pediátrica para o estímulo neuropsicomotor. Com o intuito de auxiliar na continuidade do tratamento, além do conhecimento técnico, o fisioterapeuta necessita de criatividade, flexibilidade e adaptabilidade através da criação de recursos terapêuticos lúdicos e de baixo custo. OBJETIVO: Construir um recurso terapêutico reciclável de baixo custo para auxiliar no tratamento fisioterapêutico e na realização de atividades recreativas em crianças com Síndrome de Down. MÉTODOS: A confecção da “Parede de Copos” foi realizada por estudantes de fisioterapia durante o estágio de neuropediatria no semestre letivo de 2023.1, ao longo do tratamento de um paciente com Síndrome de Down e 9 anos de idade. Os materiais utilizados foram: 1 caixa de papelão; 1 fardo de copos descartáveis; 1 papel emborrachado com glitter; 6 figuras de animais; 12 enfeites com cores do arco-íris; 10 folhas de papel ofício; 1 pistola e 4 tubos de cola quente; tesoura; cola de papel; caneta; régua; e, barbante. As etapas para a confecção estão a seguir: 1) mediu-se através da régua de 30cm o tamanho do corte horizontal e vertical no papelão, formando-se um molde de 30x30 de largura e comprimento; 2) mediu-se o papel emborrachado no mesmo tamanho; 3) com a pistola de cola quente foi fixado o emborrachado no molde de papelão; 4) mediu-se uma distância de 8cm no molde de papelão da esquerda para direita e com a cola de papel fixou-se as figuras de animais no sentindo vertical; 5) foram colados com a cola quente 30 copos descartáveis no molde em cima do emborrachado; 6) na borda inferior e borda direita do molde foram colados os enfeites coloridos; 7) com a tesoura foram feitos 2 furos nas extremidades da borda superior do molde e colocou-se um barbante de 30cm amarrado; 8) as 10 folhas de papel ofício foram amassadas em formato de bola. RESULTADOS: Foi construído um recurso terapêutico reciclável com o intuito de divertir as crianças, estimular o sistema cognitivo e incentivá-las a realizar os exercícios de agachamento propostos para fortalecer os membros inferiores associados aos movimentos de flexão de ombro de forma lúdica. Para futura utilização recomenda-se colocar o recurso pendurado na parede com o apoio de um prego ou fita adesiva de acordo com a altura da criança. As bolas de papel amassadas ficarão no chão e a criança deve pegá-las uma por vez, colocá-las nos copos sendo direcionas pelo fisioterapeuta através das cores e das imagens de animais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se a importância de iniciativas como esta, que envolvam, preferencialmente, a construção de recursos terapêuticos com baixo custo financeiro direcionados para crianças com Sindrome de Down, tendo como benefício o estimulo neuropsicomotor em um só recurso.

Autor

  • Leila Valverde Ramos

  • Luana Santos Pires

  • Luzia Almeida de Oliveira Neumann

  • Tainá Ferreira Magalhães

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