DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/23
PALAVRAS CHAVE: Saúde Mental, Médicos, Estresse Ocupacional.
KEYWORDS: Saúde Mental, Médicos, Estresse Ocupacional.
ABSTRACT: INTRODUÇÃO: O ambiente de trabalho dos profissionais médicos é caracterizado por alta demanda, longas jornadas e pressão constante, o que pode levar a níveis significativos de estresse. Fatores psicossociais como suporte social inadequado, carga de trabalho excessiva e desequilíbrio entre vida profissional e pessoal são determinantes críticos que influenciam a saúde mental desses profissionais. Com o aumento dos casos de burnout e exaustão emocional, torna-se essencial investigar esses fatores para desenvolver intervenções eficazes que promovam o bem-estar dos médicos e a qualidade do atendimento prestado aos pacientes. Este estudo se justifica pela necessidade de compreender melhor esses fatores e suas implicações para a prática médica e a saúde pública. OBJETIVO: Refletir os fatores psicossociais no local de trabalho que contribuem para o estresse ocupacional em profissionais médicos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo reflexivo do tipo ensaio teórico, baseado na Teoria da Demanda-Controle, de Karasek. Esta teoria sugere que o estresse ocupacional resulta de uma combinação de altas demandas de trabalho e baixo controle sobre o trabalho. A pesquisa envolveu a análise de artigos científicos e dados secundários sobre estresse ocupacional em médicos, buscando identificar e categorizar os principais fatores psicossociais relacionados ao estresse. Foram considerados estudos realizados em diversos países e contextos hospitalares para proporcionar uma visão ampla e abrangente do problema. RESULTADOS: As reflexões indicam que os principais fatores psicossociais que contribuem para o estresse entre os médicos incluem quatro categorias: 1) Carga de trabalho excessiva: longas horas de trabalho, plantões noturnos e falta de períodos adequados de descanso são aspectos críticos. Médicos frequentemente enfrentam sobrecarga de tarefas, o que leva a exaustão física e mental; 2) Suporte social insuficiente: a falta de apoio de colegas e superiores agrava a sensação de isolamento e desamparo. Equipes descoordenadas e ambientes competitivos podem aumentar o nível de estresse; 3) Desequilíbrio entre vida profissional e pessoal: a dificuldade em equilibrar as demandas profissionais com a vida pessoal resulta em conflitos familiares e falta de tempo para atividades de lazer e autocuidado; 4) Ambiente de trabalho tóxico: a presença de assédio moral, bullying e pressão constante para alcançar metas pode criar um ambiente hostil, impactando negativamente a saúde mental dos médicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A reflexão aponta que fatores psicossociais no local de trabalho são determinantes críticos para o estresse ocupacional em profissionais médicos. A Teoria da Demanda-Controle de Karasek proporciona uma base teórica robusta para compreender esses fenômenos, destacando a importância do equilíbrio entre demandas de trabalho e controle sobre as atividades laborais. Intervenções devem focar em reduzir a carga de trabalho, promover suporte social efetivo, melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e criar um ambiente de trabalho saudável. Essas medidas não apenas melhorariam a saúde mental dos médicos, mas também a qualidade do atendimento aos pacientes. A pesquisa contribui de forma significativa para a área de conhecimento ao evidenciar a necessidade de políticas organizacionais que priorizem a saúde mental e o bem-estar dos profissionais da saúde.
Clóvis Corrêa de Carvalho
Enio Braga Fernandes Vieira
Francisco Edward Frota Mont’Alverne Filho
Francisco Lucas de Lima Fontes
Mariana Ayremoraes Barbosa
Napoleão Bonaparte de Sousa Júnior
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