DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/26
PALAVRAS CHAVE: Período pós-parto. Redes de apoio social. Apoio familiar. Comportamento materno.
KEYWORDS: Período pós-parto. Redes de apoio social. Apoio familiar. Comportamento materno.
ABSTRACT: INTRODUÇÃO: O puerpério é um período sensível de reabilitação do organismo e de adaptação da mulher à recém adquirida dinâmica familiar que conta com um novo integrante que demanda atenção e cuidados redobrados. Assim, a responsabilidade de assistir ao recém-nascido acaba muitas vezes recaindo inteiramente sobre a mãe, que também carece de zelo, visto que essa fase é repleta de desafios, onde a mulher enfrenta o saldo físico e emocional da gestação. Ante o exposto, é relevante examinar a fundamentalidade de uma rede de apoio composta essencialmente pelo companheiro, família, amigos, e profissionais de saúde, para que possam, juntos, se articular e dividir o peso inicial da maternidade com a puérpera, prestando-lhe auxílio doméstico, financeiro, psicológico, nos cuidados para com o bebê, e na prestação de orientações em saúde a fim de tornar o pós-parto um período menos estressante. OBJETIVO: Descrever as repercussões das redes de apoio na saúde da mulher no puerpério. MÉTODOS: Estudo do tipo qualitativo, trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada nas bases de dados BDENF, MEDLINE, LILACS, Coleciona SUS e Ministério da Saúde, via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “período pós-parto” e “redes de apoio social”; como critério de inclusão, foram selecionados os estudos publicados entre os anos de 2019 a 2024. Foram localizados 217 resultados, dos quais somente três foram selecionados por terem relação com a pergunta norteadora do estudo, que é “Quais as repercussões do suporte marital, familiar e dos profissionais de saúde na promoção do bem-estar da mulher puérpera?”. RESULTADOS: As redes de apoio têm o papel fundamental de facilitar a adaptação da mãe e do pai na nova rotina familiar, que é repleta de desafios e experiências inéditas do casal com o recém-nascido. Nesse ínterim, observa-se que quando há colaboração dos avós, amigos, vizinhos e profissionais de saúde na partilha de responsabilidades com essas famílias, constrói-se um puerpério mais saudável, onde a puérpera pode exercer o autocuidado e desenvolver um vínculo satisfatório com o filho, facilitando o processo de amamentação e promovendo um melhor crescimento e desenvolvimento infantil, em paralelo com a rápida recuperação física, fisiológica e psicológica da mulher. O oposto ocorre quando não há suporte paterno ou de uma rede de apoio externa, pois a mãe tende a negligenciar-se e a voltar todos os cuidados para o filho, o que acaba por fragmentar a identidade da mulher, podendo contribuir para o desdobramento de uma série de problemas biopsicossociais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dispor amparo e suporte ao binômio mãe-bebê no período pós-parto, favorece a rápida recuperação física e emocional dessa mulher, dando abertura para que ela se veja não só como protagonista do processo mas também como um indivíduo que carece de cuidados; essa mediação da rede de apoio também tem influência sobre a efetivação do aleitamento materno e melhora do vínculo conjugal e social, além disso, o conhecimento das interações familiares no contexto domiciliar são essenciais para que os profissionais de saúde proponham intervenções de suporte e apoio aos lares assistidos.
Carla Cristina de Lima Sousa
Fabianne Ferreira Costa Róseo
Rosa Maria Nogueira Domingos
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