DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/28
PALAVRAS CHAVE: Exostose, Halitose, Afrodescendentes.
KEYWORDS: Exostose, Halitose, Afrodescendentes.
ABSTRACT: INTRODUÇÃO: A halitose, também conhecida popularmente por mau hálito, é uma condição prevalente, que afeta uma significativa parcela da população. As causas da halitose são diversas, englobando desde distúrbios gastrointestinais até problemas odontológicos. Como problemas odontológicos, podemos citar o tórus mandibular e o tórus palatino, os quais são exostoses ósseas benignas, situadas na mandíbula e no palato, respectivamente. A etiologia do tórus é atribuída a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. OBJETIVO: investigar a possível associação entre a presença de tórus mandibular e palatino e a ocorrência de mau hálito em uma população afrodescendente do Recôncavo Baiano. MÉTODO: Trata-se de um estudo de campo, analítico, quantitativo e transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Adventista de Ensino do Nordeste (CAAE 45556221.4.0000.0042). A pesquisa foi realizada predominantemente nas cidades de Cachoeira e São Félix, no Recôncavo Baiano, no período de março de 2022 a junho de 2023 e envolveu 527 participantes, que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter 18 anos ou mais e ser residente no Recôncavo Baiano por no mínimo 2 anos. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, antes da coleta de dados. Os critérios de exclusão incluíram qualquer tipo de comprometimento mental ou intelectual, uso de medicação ou drogas que pudessem afetar o resultado, também recusa em participar do estudo. A coleta de dados envolveu uma avaliação clínica intraoral, realizada por pesquisadores calibrados para verificar a presença de tórus mandibular e palatino, e a aplicação de um questionário no qual os participantes respondiam sobre hábitos de higiene oral e autodeclararam a presença de mau hálito. Os dados coletados foram tabulados e analisados utilizando o software SPSS Statistics 25.0. Para avaliar a associação entre as variáveis, foi aplicado o teste do qui-quadrado de Pearson, com um nível de significância estabelecido em p& #60; 0,05, rejeitando-se a hipótese nula de ausência de associação. RESULTADOS: Na população analisada, 67 (12,7%) indivíduos apresentaram tórus mandibular e /ou palatino, 135 (31,1%) autodeclaram a presença de mau hálito e 28 (5,3%) participantes apresentaram as duas condições. Ao cruzar as variáveis utilizando o teste do qui-quadrado, foi observado que a associação entre a presença de tórus e a autopercepção de mau hálito apresentou um valor de p=0,043. Este valor indica uma significância estatística, apoiando a hipótese alternativa de que a presença de tórus está associada à autopercepção de mau hálito. CONCLUSÃO: Este estudo apresentou a associação entre o tórus mandibular e palatino e a presença de mau hálito autodeclarado, fornecendo dados que podem ser úteis para a prática clínica odontológica e para futuras pesquisas na área. Os achados sugerem que a presença de tórus mandibular e palatino está associada ao mau hálito, enfatizando a necessidade de uma avaliação detalhada e individualizada dos pacientes para um diagnóstico e tratamento mais eficazes.
Allan Israel Fortaleza Santos
Daniel Gomes da Silva
Elenilda Farias de Oliveira
Leandro Henrique da Silva Neiva Souto
Manuela Luanny Ventura Rocha
Márcia Otto Barrientos
Tiago José Silva Oliveira
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