FRATURAS ÓSSEAS E CUSTOS EM SAÚDE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NA BAHIA (2011-2021)

DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/30

PALAVRAS CHAVE: Acidente automobilístico, Causas externas, Fraturas, Gastos públicos com saúde, Hospitalização.

KEYWORDS: Acidente automobilístico, Causas externas, Fraturas, Gastos públicos com saúde, Hospitalização.

ABSTRACT: INTRODUÇÃO: Os acidentes de trânsito terrestre (ATT), configuram um problema de saúde pública de grande relevância, com impacto significativo na morbimortalidade da população brasileira, especialmente no que se refere a ocorrência de fraturas ósseas. As repercussões na saúde pública podem gerar incapacidade e perdas na funcionalidade dos indivíduos, o que interfere na qualidade de vida. Além do impacto direto na saúde, os ATT representam um desafio multifacetado para o sistema de saúde pública, que exige abordagem integrada de forma a considerar tanto a prevenção quanto a reabilitação das vítimas. Desse modo, diante das consequências nos aspectos sociais, familiares, econômicos, laborais e relacionados ao lazer, torna-se urgente a busca por soluções que visem melhorar a segurança no trânsito e reduzir os ATT, de forma a prevenir a ocorrência de lesões que comprometem e oneram diferentes setores da sociedade e a qualidade de vida das vítimas. OBJETIVO: Analisar tendências acerca da ocorrência de fraturas ósseas e custos associados ao sistema público de saúde por ATT na Bahia, entre 2011 e 2021. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo, realizado mediante análise dos dados populacionais observados no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), acerca dos indivíduos que sofreram fraturas por ATT na Bahia e custos relacionados, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021. RESULTADOS: No período estudado, constatou-se que as fraturas da tíbia, da clavícula, dos ossos do antebraço, e da diáfise do fêmur foram os procedimentos cirúrgicos com maior quantidade de internações nos hospitais públicos. No que diz respeito aos gastos, notou-se que as fraturas transtrocanterianas, fraturas da diáfise da tíbia e fraturas do fêmur foram as mais dispendiosas. Além disso, os resultados encontraram que os mais afetados pelo ATT durante o período analisado foi o sexo masculino 1.886 casos, a raça parda com 542 casos, a faixa etária entre 20 e 29 anos com 486 casos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nas variáveis analisadas, identificou-se que homens de faixa-etária jovem são os principais afetados por ATT, constituindo um fator relevante para a atenção primária governamental. Essa descoberta sugere que estratégias específicas de prevenção e educação devem ser direcionadas a esse grupo demográfico. Além disso, destaca-se a vulnerabilidade social da raça parda, informação relevante para o entendimento das disparidades de saúde e sociais desse grupo. As internações por fraturas ósseas, refletem não apenas as falhas na infraestrutura e na regulamentação do trânsito, mas também destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes e de campanhas educativas que promovam a conscientização sobre os riscos no trânsito. Destarte, almeja-se que os resultados do presente estudo subsidiem discussões e políticas públicas que intensifiquem as medidas de segurança no trânsito, tanto na área da saúde e educação, com vistas a reduzir a incidência das fraturas decorrentes dos ATT e suas consequências socioeconômicas.

Autor

  • Ana Beatriz Bomfim de Almeida

  • Leila Valverde Ramos

  • Maria Penha Oliveira Belém

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