PREVALÊNCIA DA PERDA DENTÁRIA EM UMA POPULAÇÃO AFRODESCENDENTE BRASILEIRA

DOI: 10.53524/lit.edt.978-65-84528-37-6/39

PALAVRAS CHAVE: Prevalência, Perda Dentária, Afrodescendente.

KEYWORDS: Prevalência, Perda Dentária, Afrodescendente.

ABSTRACT: INTRODUÇÃO: Acredita-se que a doença periodontal afeta diferentes populações de maneiras variadas, influenciada por fatores que predispõem cada grupo. A etnia é frequentemente estudada devido às características distintas encontradas em diferentes grupos étnicos. Estudos indicam que pessoas de ascendência africana têm maior propensão ao desenvolvimento de doenças que afetam os tecidos que dão suporte ao dente. É importante estudar a prevalência da perda dentária em uma população afrodescendente brasileira por diversas razões, sobretudo para promover a equidade em saúde bucal, garantindo que todos os grupos populacionais recebam a atenção e os cuidados adequados. OBJETIVO: Investigar a prevalência da perda dentária em uma população afrodescendente brasileira e suas características para orientar estratégias personalizadas de saúde bucal. MÉTODOS: Este estudo se trata de um estudo analítico, transversal, quantitativo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Adventista da Bahia sob o CAAE: 45556221.4.0000.0042. Os integrantes concordaram em participar e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram incluídos 527 indivíduos que possuíam pelo menos 4 dentes na boca, de ambos os gêneros, maiores de 18 anos, sendo residentes no recôncavo baiano no mínimo há 2 anos. A coleta de dados foi conduzida principalmente na clínica escola de odontologia do Centro Universitário Adventista de Ensino do Nordeste em Capoeiruçu, Cachoeira/BA, e ocasionalmente no centro de especialidades odontológicas das cidades de Cachoeira e São Félix/BA. Os participantes eram provenientes de diversos municípios do recôncavo baiano, sendo eles: Cabaceiras, Conceição da Feira, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muritiba, São Gonçalo dos Campos, São Sebastião do Passé e Saubara. Os dados foram tabulados e analisados no programa SPSS v 2.0. RESULTADOS: Dos 527 indivíduos analisados, 385 (73,8%) já perderam ao menos um dente. Nesta população, a distribuição por idade apresenta em sua maioria participantes entre 18 e 39 anos, totalizando 315 pessoas (59,9%), enquanto os participantes com mais de 39 anos somam 211 (40,1%). Em termos de gênero, 350 participantes são do sexo feminino, representando 66,4% da amostra, e 177 são do sexo masculino, correspondendo a 33,6%. Observa-se uma alta prevalência de perda dentária, independentemente da faixa etária e do sexo. Estes dados são importantes para compreender a saúde bucal da população e para direcionar políticas de prevenção e tratamento odontológico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo mostrou dados inéditos da região, destacando a necessidade urgente de intervenções específicas e culturalmente sensíveis para melhorar a saúde bucal desses indivíduos. Os resultados deste estudo não apenas sublinham a importância da equidade em saúde bucal, mas também fornecem uma base sólida para políticas públicas e práticas clínicas que visem reduzir as disparidades de saúde observadas nessa comunidade. A implementação de programas educacionais e preventivos direcionados pode desempenhar um papel crucial na mitigação dos efeitos adversos da perda dentária, promovendo assim uma melhor qualidade de vida e bem-estar geral entre os afrodescendentes.

Autor

  • Allan Israel Fortaleza Santos

  • Daniel Gomes da Silva

  • Elenilda Farias de Oliveira

  • Leandro Henrique da Silva Neiva Souto

  • Manuela Luanny Ventura Rocha

  • Marcia Otto Barrientos

  • Wagner Barros da Silva

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