Publicado em 12 de novembro de 2021 - 02:53
Para facilitar o uso dos bancos de dados, existem os tesauros – sistema de termos dispostos de forma hierárquica e relacionados entre si. Os termos são agrupados por conceito e título e, na medida em que se desce na hierarquia, encontram-se termos mais específicos. Esse vocabulário controlado ou vocabulário hierarquizado é usado para a indexação de trabalho científico a ser incluído em base de dados. Serve também como forma de pesquisa e recuperação de informação em que se use terminologia diferente para os mesmos conceitos.
A escolha das palavras-chave que devem acompanhar o artigo submetido à publicação é feita, em termos ideais, por pesquisa nesses tesauros.
Nas Ciências da Saúde existem dois sistemas de palavras-chave amplamente empregados: Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).
A base MEDLINE/PubMed, por exemplo, utiliza o MeSH, no qual se escolhem palavras-chave que cobrem os tópicos centrais de cada artigo a ser indexado, deixando de lado aspectos acessórios. Isso permite que a base, além de conter dados de identificação do texto (autores, título), possibilite sua classificação por assunto, feita por profissionais experientes em dado tesauro. Já a base LILACS utiliza o DeCS. Esse vocabulário foi preparado a partir do MeSH.
O MeSH é o mais conhecido sistema de palavras-chave na área da saúde, mantido pela National Library of Medicine, norte-americana, para uso no MEDLINE/PubMed; o Grupo de Vancouver sugere sua utilização quando o autor preparar a lista de palavras-chave do artigo.
O DeCS é o sistema adotado na América Latina; trata-se de vocabulário trilingue (português, espanhol e inglês) utilizado para recuperação de informações nas fontes de dados LILACS, MEDLINE e outras; contém 34.294 descritores, sendo desses 1.844 do MeSH e 4.378 exclusivamente do DeCS. O número é maior que o total, pois um descritor pode ocorrer mais de uma vez na hierarquia.
REFERÊNCIA
PEREIRA, M. G. Artigos científicos: como redigir, publicar e avaliar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
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